O que dizer?
O que dizer à uma sociedade que parece estar surda? Os indivíduos que a compõe se fecham cada vez mais em suas redomas de proteção, e para dentro destas redomas só levam o que julgam necessário.
Buscando momentos de serenidade e meios para apaziguar a alma e o espírito, muitos recorrem semanalmente a algum tipo de encontro religioso ou filosófico. É comum em todos estes certames a queixa de “Surdez Conveniente”, ou seja, quando o ouvinte se torna seletivo e escuta apenas o que lhe agrada – nos demais momentos se torna surdo por conveniência.
No ambiente Cristão este fenômeno também é observado, aliás com nitidez e contornos bem fortes. Em locais onde a Bíblia é pregada com integridade, coerência e parâmetros hermenêuticos sérios; aplicações profundas podem ser retiradas para vida, contudo para maioria dos ouvintes estas potenciais aplicações “entram por um ouvido e saem pelo outro”.
O que dizer? Como alcançar? Podemos começar praticando, isso mesmo, praticando o que já recebemos e o que já aprendemos. Transformar as palavras em atitudes, a teoria em prática. Existe uma frase atribuída a muitos autores que diz: “Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz.” Que tal demonstrarmos em atos o que já conhecemos em palavras?
Seria magnífico se as pessoas estivessem surdas devido as nossas muitas atitudes coerentes com nosso discurso. Mas é justamente o contrário que observamos. Palavras vazias, não aplicadas, geram surdez:
- Surdez da incredulidade;
- Surdez da hipocrisia;
- Surdez da conveniência.
O que dizer? Melhor não dizer nada, apenas ouça e pratique…
Mateus 7.24 “Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. “
Rodrigo
Fevereiro/2012