Vivendo em Terra Seca
João 20.24-29
Vivendo em Terra Seca
Salmo 42
Introdução:
- Estamos vivendo um período de seca em SP…
- O salmista também relata estar passando por um período de seca, em sua alma, em seu espírito;
- Apesar de ser um filho de Deus ele é acometido pela tristeza e pela angústia;
- Ele está consciente, ele avalia o momento, as dificuldades, as afrontas…
- É o relato de um filho de Deus passando por grande tristeza…
- Lembramos de Paulo, com seu espinho na carne… “A minha graça te basta…” “Quando penso que sou fraco…”
Contexto:
- A autoria deste salmo não é 100% definida:
- Davi;
- Coraítas;
- Davi + Coraítas.
- Se for Davi, pode estar relatando uma de suas fugas, de Saul ou mesmo a fuga de seu filho Absalão;
- Demonstra alguém que se vê privado de ir ao local de culto e celebração;
- Mantém a fé, mas sente saudade daquilo que já teve (o ambiente de culto);
- Exemplo do Gabriel que perdeu a esposa, que valorizou no hospital o fato de ter vista para rua (valorizarmos as pequenas coisas).
Transição:
- Partindo desse texto vamos extrair alguns aspectos importantes para nossa reflexão…
Desenvolvimento:
- Existe uma sensação de desejo não satisfeito no ser humano
- Acredito que todos já ouviram falar no argumento do vazio existencial (buraco do tamanho de Deus);
- O ser humano é um ser religioso por essência, alguém que olha para cima, pois foi criado a imagem de Deus;
- Nos termos deste salmo, o ser humano tem uma sede…
- Quem está longe de Deus não identifica, não nomeia, mas tenta matar a sede de diversas formas, todas incapazes de matar a sede da alma!
- Quem está em Deus já identificou, já nomeou: É SEDE DE DEUS!
- Agostinho disse que é saudade do Éden;
- Expectativa pela nova Jerusalém;
- O salmo 84 diz que a alma do filho de Deus suspira e até desfalece pelos átrios do Senhor;
- Vontade do culto pleno, do dia em que a celebração não se findará;
- Um poeta que diz: “Vida que acontece, suspiro que não passa, na paz do redentor sua graça me abraça”;
- Silvestre Khulmann cantou: “No oculto de seu pequenino quarto, portas fechadas sem fazer alarde, o moço presta culto o peito arde, busca da água e do pão que o torna farto. E diz ao seu amado não me aparto, deste lugar quer seja cedo ou tarde, nada me impedirá que eu te aguarde, se não vieres a mim daqui não saio…”
- Os filhos de Deus continuam suspirando, desejando algo, esse algo é Deus!
- Muitos se esqueceram da essência e ficaram apenas no rito
- O salmista se lembra com saudades dos momentos de celebração e festividade, quando conduzia o povo de Deus ao verdadeiro culto;
- As vezes nos acostumamos com toda a estrutura relacionada ao culto, e tornamos algo meramente rotineiro, mecânico e isso vai tonando a nossa vida espiritual empoeirada;
- Podemos recorrer mais uma vez a Paulo, que estava satisfeito e contente com seus bens materiais, mas não estava contente com sua vida espiritual, buscava sempre crescer na presença do Pai!
- Talvez você se lembre com saudades dos momentos em que cultuava com muito mais intensidade do que hoje;
- Talvez você se lembre com saudade dos tempos em que seus reservatórios estavam cheios, momentos em que o abrir de sua boca era para proferir bênçãos e edificar o corpo de Cristo, momentos em que você explodia em verdadeira adoração!
- Hoje você tem a oportunidade de voltar a esses momentos, de voltar ao culto do primeiro amor, de trocar as cordas de sua harpa!
- É necessário examinar-se constantemente:
- Num intervalo curto de 11 versículos o salmista se pergunta duas vezes: “Porque está assim tão abatida minha alma?”
- É uma atitude de reflexão pessoal, de calar-se, de entender-se, uma meditação sobre você…
- Inicia-se uma exortação e um processo de convencimento pessoal: “Pare com isso, eu tenho um Deus que cuida de mim, que me sustenta…”
- Uma pessoa sincera consigo mesma ora até com mais propriedade, sabe onde tem falhado, quando mentiu, quando cobiçou, pede perdão de forma específica ao Senhor, ao invés de simplesmente dizer: “Senhor perdoa a multidão de meus pecados…” isso fortalecerá sua intimidade com Deus!
- Deve ser uma oração constante nossa: “Senhor confronta-nos com a sua palavra, confronta-nos com seus dons derramados sobre nos, confronta-me com teu chamado para minha vida…”
- Conclusão:
- “Ponha sua esperança em Deus, pois ainda o louvarei”
- Mantém uma expectativa do louvor futuro, que ainda está por vir!
- Somos filhos de Deus em Cristo não quando tentamos freneticamente nos tornar bons, mas quando nos lançamos nos braços do Pai, matando nele nossa sede, encontrando nele o motivo dos meus suspiros mais profundos!
- “Ponha sua esperança em Deus, pois ainda o louvarei”